A GESTÃO do seu NEGÓCIO
Já observamos até aqui nas seções IDEIAS e NEGÓCIOS, que são fundamentais em uma determinada empresa, as ações de planejamento, organização, operação, idealização, fabricação, produção de bens materiais ou de consumo e/ou a prestação de serviços, dentre outras, que levam aos resultados dessas empresas.
Dessa forma, um grande trunfo que uma empresa deve possuir, é ter os seus controles de gestão bem planejados, definidos, aplicados e avaliados, em cada segundo do seu dia-a-dia.
Assim, nesta seção, vamos tratar de alguns conceitos primordiais relacionados à condução sistematizada, da GESTÃO do seu NEGÓCIO, com destaque para os controles por meio de indicadores.
A IMPORTÂNCIA dos INDICADORES de PERFORMANCE
A importância de se trabalhar com Indicadores de Performance, está no fato destes permitirem ao gestor da organização, conhecer em um determinado instante, com periodicidade previamente definida, o desempenho organizacional relativo ao negócio, e conseqüentemente, poder direcionar a sua estratégia, orientando ou redefinindo, o foco do seu negócio, com base nesses indicadores.
Esses Indicadores de Performance, foram denominados de KPI-Key Performance Indicators, a partir do surgimento das instituições que instituíram os Prêmios da Qualidade nos Estados Unidos com o Malcolm Baldrige National Quality Award e no Japão, com o Deming Prize, como também no advento da Gestão pela Qualidade Total (Total Quality Management), e foram difundidos no Brasil, a partir da instituição do Prêmio Nacional da Qualidade – PNQ, pela Fundação Nacional da Qualidade - FNQ.
Os indicadores assim estabelecidos conforme a metodologia dos KPI, sugerem, a avaliação não financeira do desempenho de áreas-chave do negócio da organização, tais como: clientes, mercados, produtos, processos, fornecedores, recursos humanos, comunidade e sociedade.
Embora sendo essa uma avaliação não financeira, esses indicadores sugerem a busca de melhores resultados contábeis e financeiros futuros, para as organizações que os adotam. Todavia, havia uma lacuna nas relações de causa e efeito, entre as distintas medidas de desempenho, além de não contemplarem o desdobramento desses indicadores, entre os vários níveis tático e operacional, das organizações. Ou seja, não estava claro como os indicadores das áreas-chave do negócio, deveriam se relacionar com os indicadores do desempenho financeiro futuro, da organização.
Com a metodologia proposta pelo Balanced Scorecard – BSC, cujos conceitos foram propostos pelos professores Robert Kaplan e David Norton, buscou-se a conecção por meio de uma relação de causa e efeito, dos indicadores relacionados às áreas-chave do negócio com o desempenho financeiro futuro da organização, a partir de uma abordagem empresarial estratégica, levando em conta, a missão, visão, objetivos estratégicos e metas claramente definidos da organização, considerando-se o cenário de atuação e as perspectivas: Financeira, Mercado/Clientes, Processos Internos e Crescimento e Aprendizagem.
Com a exposição acima, torna-se clara, a importância de se trabalhar com Indicadores de Performance, uma vez que eles podem corresponder e permear, distintos níveis hierárquicos na organização.
OS INDICADORES de NEGÓCIO
Indicador de Negócio é aquele que tem ligação direta com o negócio da organização, ou seja, com a sua atividade fim ou com os seus produtos ou serviços-chave. A partir dele podemos fazer a ligação estratégica conforme foi descrito no tópico Indicadores de Performance, inclusive em relação às perspectivas citadas, com o intuito de dirigir a organização direcionando, acompanhando e redirecionando quando necessário, os destinos da mesma, sob as óticas de produtividade e lucratividade, mantendo assim sob controle, o retorno sobre o capital investido ROI (Return on Investment), e conseqüentemente, agregando valor ao negócio gerido pela organização na forma do valor econômico agregado, EVA (Economic Value Added), ou seja, agregando valor aos ativos da mesma.
OS INDICADORES de PROCESSO
Indicador de Processo é aquele que desdobrado a partir do Indicador de Negócio, obviamente alinhado com a estratégia organizacional, permeia as várias funções hierárquicas da organização ao longo dos seus distintos processos, permitindo assim, o acompanhamento e a melhoria desses processos a partir dos seus resultados, no dia-a-dia da produção ou na rotina de trabalho das pessoas ao longo do tempo. A maioria dos Indicadores de Processo de uma organização, compõem os seus Indicadores de Negócio.
MAPEAMENTO DE PROCESSOS
Mapeamento de Processos é a atividade que consiste em identificar e em seguida descrever, os processos de uma organização na ordem lógica dos seus acontecimentos, ou seja, das suas etapas, dispostos em ordem seqüencial ou em ordem paralela, com o objetivo de preservar a forma de execução das atividades e tarefas a eles inerentes, garantindo assim a padronização dessas atividades e tarefas, podendo ser, por meio de procedimentos documentados ou na forma de fluxograma de processos.
O Mapeamento de Processos deve ser feito na forma sequencial exata, com que essas atividades e tarefas, são executadas. Com os processos mapeados, todas as vantagens de uma gestão organizada, são possíveis de se aproveitar.
REDESENHO DE PROCESSOS
Redesenho de Processos é a atividade que deve ser utilizada quando se deseja refazer ou reorganizar os processos já mapeados, utilizando-se da mesma técnica que serve para efetuar o Mapeamento de Processos, agora com o objetivo de buscar-se a melhoria dos processos anteriormente mapeados. Ao contrário do Mapeamento de Processos onde os processos são descritos na forma sequencial exata com que acontecem, aqui, os processos devem ser modificados para permitirem as melhorias esperadas. Essas melhorias podem ser detectadas observando-se uma maior eficiência, dos processos redesenhados.
OTIMIZAÇÃO DOS PROCESSOS
Otimização de Processos é a atividade que permite ao partir de processos redesenhados, buscar o melhor do melhor, ou seja, simplificando ao máximo a lógica desses processos, sem, contudo, perdermos a objetividade e a produtividade dos mesmos. Essa otimização deve levar naturalmente a resultados além de eficientes, também eficazes, esperando assim a efetividade do processo, ou seja, processos mais capazes e constantes, com o mínimo de anomalias ou não-conformidades, transformando-se em vantagens efetivas de competitividade.
AUTOMAÇÃO DE PROCESSOS
Automação de Processos consiste na utilização dos recursos da Tecnologia da Informação – TI, Maquinário e Equipamentos de última geração, de forma a tornar os processos os mais independentes possíveis da interferência humana, como tendência natural de torná-los ainda mais capazes, ou seja, eficientes, eficazes e efetivos, com os resultados cada vez mais regulares, constantes e próximos das metas definidas.
MONITORAÇÃO DE PROCESSOS
Monitoração de Processos é a prática de gerenciar o desempenho dos resultados das etapas de cada processo, por meio da utilização de Indicadores de Performance, com o objetivo de acompanhar e manter os processos sob controle, conforme os níveis de desempenho e metas estabelecidos previamente, e corrigindo ou redirecionando o resultado desses processos, conforme as necessidades estratégicas da organização. O conjunto dos monitoramentos dos Indicadores de Processo, permite por sua vez, os monitoramentos dos Indicadores do Negócio.
GESTÃO DE PROCESSOS
Gestão de Processos é a gestão feita dentro de uma determinada área, setor ou gerência, em relação a um determinado processo de uma dessas unidades da organização. A Gestão de Processos pode contemplar uma, mais de uma ou todas as etapas anteriores descritas acima, do MAPEAMENTO DE PROCESSOS à MONITORAÇÃO de PROCESSOS.
GESTÃO POR PROCESSOS
Gestão por Processos é a atividade que aglutina em uma forma conjunta, a gestão de todos os demais processos de uma organização, ou seja, pela Gestão por Processos, efetuamos a gestão dos vários processos daquela organização. Traduzindo em miúdos, a Gestão por Processos possibilita efetuarmos a gestão das várias - Gestão de Processos, existentes em uma organização.
1. Difundir os conceitos da Gestão orientada por Processos para a Alta Direção da organização.
2. Selecionar as pessoas com perfil adequado para serem designadas como padrinhos ou gestores de Processos.
3. Obter disponibilidade de tempo das pessoas conhecedoras e executantes dos Processos, para serem treinadas na metodologia da Gestão orientada por Processos.
4. Obter disponibilidade de tempo das pessoas conhecedoras e executantes dos Processos, para integrarem e participarem das reuniões das equipes de Mapeamento de Processos.
5. Convencer as pessoas nas reuniões das equipes de Mapeamento de Processos, de que a prioridade é a de se descrever a melhor maneira de executar os Processos em prol de um objetivo comum da organização, e não, a de uma ou outra unidade envolvida na discussão.
6. Obter os recursos necessários para utilizar novas e adequadas soluções de TI, para o Mapeamento de Processos.
7. Obter os recursos necessários para implementar as melhorias necessárias à otimização dos Processos, com novas tecnologias disponíveis no mercado.
8. Romper a resistência natural à implementação da nova Gestão orientada por Processos, devido a fatores tais como: forte cultura organizacional, existência de feudos ou quebra da cadeia de poder.